sexta-feira, 25 de maio de 2018

Humanos representam 0,01% dos seres vivos e mataram 83% dos mamíferos

Estudo revela que plantas são principal forma de vida da Terra e que humanos foram responsáveis pelo fim de diversas espécies.

Apesar de representarem apenas 0,01% dos seres vivos do planeta, os humanos são responsáveis pela destruição de muitas espécies. Um estudo realizado por pesquisadores do Instituto de Ciência Weizmann, em Israel, e do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos, revela, inclusive, que a espécie humana acabou com 83% dos mamíferos selvagens da Terra.

Publicada no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences, a pesquisacompila os tipos de biomassa — matéria orgânica — dos reinos animais. "A análise revela uma visão holística da composição da biosfera e nos permite observar padrões de categorias taxonômicas e locais geográficos", escrevem os cientistas.

Esse é o primeiro relatório a estimar a quantidade de todos os tipos de criaturas vivas. "Eu fiquei surpreso em descobrir que não ainda não existia uma estimativa compreensiva e holística de todos os componentes da biomassa", disse o pesquisador Ron Milo, do Instituto de Ciência Wrizmann, em entrevista ao jornal The Guardian.

Milo e sua equipe compilaram dados de diversas fontes, como da Organização Internacional de Comida e Agricultura, por exemplo, para estimar a biomassa de cada país e como a industrialização, o êxodo rural e o uso de novas tecnologias pelos humanos colaborou para o fim de outras espécies animais. 

Os cientistas concluiram que os 7,6 bilhões de pessoas representam somente 0,01% dos seres vivos, as bactérias, 13% e o restante das criaturas, como insetos, fungos e outros animais equivalem a 5% da biomassa do planeta. O que sobra é das plantas: segundo o estudo, elas representam 82% da matéria viva.

Atualmente, 70% das aves e 60% dos mamíferos do planeta foram criados em cativeiro, enquanto 30% dos pássaros são selvagens, 36% dos mamíferos são humanos e os 4% restantes são selvagens. Ainda de acordo com o relatório, 86% das espécies se encontram em terra, 13% abaixo de superfícies (como bactérias, por exemplo) e somente 1% nos oceanos.

Fonte: Revista Galilleu

'Frankenstein espacial': estudo revela que Plutão seria composto por milhões de cometas

Fonte: CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Plutão não deixa de surpreender os cientistas com suas caraterísticas incomuns. Um grupo de pesquisadores norte-americanos comparou sua composição química com a dos cometas.

Uma recente análise de sua composição química, realizada pelo Instituto de Investigação do Sudoeste norte-americano (SwRT, na sigla em inglês) revelou que Plutão poderia ter sido formado por um aglomerado de um bilhão de cometas.

Em sua pesquisa, os cientistas compararam as amostras tomadas pela sonda New Horizons em uma região de Plutão e as do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko e encontraram semelhanças que não parecem ser coincidência. Em particular, trata-se de uma geleira rica em nitrogênio em Sputnik Planitia, um glaciar na superfície do planeta.

"Encontramos uma consistência intrigante entre a quantidade estimada de nitrogênio dentro da geleira e a quantidade que seria esperada se Plutão fosse formado por um aglomerado de cerca de um bilhão de cometas ou outros corpos do Cinturão de Kuiper com composições químicas similares ao cometa 67P", informou Christopher Glein, geoquímico do SwRI em um comunicado. Além disso, o pesquisador sublinhou que sua equipe desenvolveu um "modelo cosmoquímico" de formação de Plutão como um "cometa gigante".

Anteriormente, os cientistas atribuíam a alta quantidade de nitrogênio na superfície de Plutão aos cometas que teriam colidido com ele, sublinhou o portal Science Alert. Entretanto, a nova pesquisa mostra que essa teoria não explica a quantidade extremamente alta desse elemento químico em sua composição.

"Entretanto, tudo isso diz respeito exclusivamente às unidades de defesa antiaérea russas, que recebem os mísseis necessários de uma única empresa produtora, que também está situada na Rússia", revelou o ministério.

Geo-História

Ao seguir o estudo dos conceitos básicos e sobre a ciência histórica, é importante destacar a sua importância para a correta compreensão do passado, visto que o passado é o objeto de estudo da História, tendo grande importância para o presente, não podendo ser esquecido a fim de que entendamos o nosso próprio mundo contemporâneo. Ao se entender as motivações pelas quais levam o homem a olhar para o passado, destaca-se um aspecto muito importante para a ciência histórica, destaca-se a peculiaridade e a complexidade dessa ciência: trata-se da relação entre o tempo, o espaço e a sociedade. E é dentro deste contexto que entra a Geo-História, visto que é este o campo histórico onde se estuda a vida humana e seu relacionamento com o ambiente natural a sua volta e o espaço concebido geograficamente. É ela a analise que se constrói tanto de forma espacial, temporal e histórica de um determinado local. Levando em conta o seu estudo, ao se fazer a analise de um determinado lugar deve-se fazer-se necessária a utilização de uma linha temporal imaginaria, na qual seja levada em consideração a utilização de todos os fatos e acontecimentos históricos do local até certo ponto cronológico, ou seja, a Geo-História é a analise geográfica e histórica temporal de um determinado local.

O estudo das origens do tempo e espaço concebido geograficamente e o conceito de Geo-História foi formulada pelo historiador francês Fernand Braudel (1902-1985) entre 1940 a 1945. Foi durante seu período como prisioneiro alemão que ele escreveu parte de sua tese de doutorado, defendida em Sorbonne em 1947 e publicada em 1949 pela Armand Colin, “La Méditerranée et le monde méditerranéen à l’époque de Philippe II”. Braudel possuía interesse pelo campo geográfico desde seu período como simples estudante em Sorbonne em 1920 quando tinha apenas 18 anos, ao ser atraído principalmente pela originalidade e dinamismo das abordagens geográficas ao redor do meio ambiente, foi assim que ao refletir sobre o espaço a sua volta, foi-lhe permitido adquirir uma nova concepção de temporalidade, no qual a história passava-se a ser apreendida de três modos: Eventos, Conjunturas e Estruturas.

Tendo como fonte de estudos um dos maiores expoentes da geografia francesa contemporânea, Paul Vidal de la Blache (1845-1918) em sua obra “La France: tableau géographique” escrita originalmente em 1903, onde Braudel foi um dos quais perceberam que as camadas do espaço interrogariam profundamente a cronologia. Foi a partir dai que fez com que Braudel pensasse sobre as estruturas de história, tendo em vista que a geografia não era apenas o sinônimo de permanência. Seu estudo fez com que ele adquirisse uma nova concepção sobre os estudos sociais, políticos, culturais e econômicos do mundo moderno, ou seja, em resumo, para Braudel, no campo das ciências humanas, a geografia acabou de certa forma sendo como uma subordinada do campo historiográfico, onde ele diz em “Géohistoire: la société, l’espace et le temps” (1997) que “para a compreensão do ambiente geográfico, era necessário partir da sociedade, e não o inverso”.  Sua lição para as ciências humanas é de que a história da sociedade é algo temporal e espacial, e que o espaço, embora alterado, seja um estrutura da história, ou seja, as mudanças das escalas podem ser também as mudanças da temporalidade, por este motivo a geo-história é multiescalar, pois a mesma é um sinônimo de diversidades, onde põem em xeque as noções de tempo linear.

A Geo-História para Braudel, portanto, é a história em que o meio ambiente impõe aos homens por suas constantes e leves variações, sendo que muitas dessas modificações são despercebidas pelo homem, a geo-história é a história do homem em meio ao seu espaço, da natureza ao homem e do homem a natureza, é o estudo da ação e da reação, misturadas, no qual recomeça-se sem parar a realidade do cotidiano a sua volta. A geografia para Braudel torna-se, portanto, um instrumento de encontro com as realidades estruturais mais lentas e para organizar uma perspectiva segundo uma linha do mais longo prazo. Ou seja, a Geo-História introduz a geografia como grade de leitura para a história, e segundo DOSSE (1994, p.136), ao trazer o espaço para primeiro plano e não mais tratá-lo como mero teatro de operações possibilita o exame da longa duração, esta história quase imóvel que se desenrola sobre uma estrutura onde os elementos climáticos, geológicos, vegetais e animais encontram-se em um ambiente de equilíbrio dentro do qual se instala o homem.

Modernamente as definições da geografia se referem às relações do homem com o espaço, sendo assim, necessariamente todas as relações do universo humano com o espaço nele estariam representadas: econômicas, sociais, culturais e comportamentais, em uma determinação dos espaços onde somos passíveis de reconhecer, em função de um processo civilizador de ocupação dos espaços, espaços novos, recém-estruturados, e espaços velhos, impregnados de história Por isso, a explicação geográfica dos espaços vividos atuais e sua funcionalidade, assim como sua normalidade e ordenação, onde se deve levar em consideração também a continuidade cronológicas, ou seja, avanços ou atrasos na linha evolutiva das sociedades e de seus espaços.

Em sua obra “La Méditerranée et le monde méditerranéen à l’époque de Philippe II” Braudel diz que a história é “uma história quase imóvel... uma história lenta a desenvolver-se e a transformar-se, feita muito frequentemente de retornos insistentes, de ciclos sem fim recomeçados” (BRAUDEL, 1969, p.11).  Eis aqui o primeiro ato deste grandioso ensaio historiográfico, que é sobre esta história quase imóvel de longa duração, onde se pode denomina-la de temporalidade, o tempo, onde se ergue o segundo ato, a média duração, que rege os destinos coletivos e movimentos de conjunto, trazendo à tona uma história das estruturas que abrange desde os sistemas econômicos até as hegemonias políticas, os estados e a sociedades. Trata-se, portanto, de uma história de ritmos seculares, e não mais milenares, e depois dela surgirá o último andar, a chamada curta duração, que rege a história dos acontecimentos, formada por “perturbações superficiais, espumas de ondas que a maré da história carrega em suas fortes espáduas” (BRAUDEL, 1969, p.21). Se o Espaço está sujeito aos ditames do Tempo, por outro lado a Temporalidade também está sujeita aos ditames do Espaço e do meio geográfico.

A história humana acontece no tempo, o tempo é uma das dimensões de existência do universo e, por extensão, da própria sociedade. Em linguagem científica, o tempo é uma grandeza, ou seja, uma forma de se medir e descrever essa existência. O tempo histórico revela e esclarece o processo pelo qual passou ou passa a realidade em estudo, dito isto, o tempo histórico traça limites de tempo para estudar os acontecimentos humanos, levando em conta que naquele dado momento muitos homens viveram sobre a natureza local de seu tempo. O tempo, portanto, é uma mudança continua na qual o presente se converte no passado.

A história humana acontece no tempo, desenrola-se nele, onde as sociedades humanas existem e criam suas tradições, projetam suas aspirações e constroem suas visões de mundo, isso se chama de tempo histórico, ou seja, o lapso cronológico que se marca e se faz conhecido pelas construções sociais peculiares estabelecidas pelas sociedades de determinada época. O tempo é, portanto, o campo aonde a ciências históricas, vai se constituir e buscar as explicações sobre o mundo e para que com isso seja estabelecido os processos relacionados às atividades do homem no espaço e no ambiente na qual lhe foi concebido geograficamente.

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