quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O universo em expansão

"Em alguns pontos deste artigo você pode se confundir com o raciocínio. O problema é que a física envolve matemática e, com freqüência, traduzir a matemática em palavras é muito enfadonho. Como este é um artigo breve, eu tenho que dizer: confie em mim.  Muitas das coisas sobre as quais escrevo foram realmente descobertas por pessoas trabalhando com matemática e descobrindo algumas coisas totalmente inesperadas. Esse é o motivo pelo qual a física é tão espantosa – você parece colher muito mais do que planta e o motivo está enraizado profundamente no fato de que podemos descrever o mundo que observamos por meio de fórmulas matemáticas."
Charles Jenkins 
Pesquisador da Schlumberger

O Big Bang

Campo Profundo de Hubble
(c) 1996 STSCI
Galáxias salpicam o céu nessa imagem obtida pelo Telescópio Espacial Hubble. A área do céu nessa imagem poderia ser encoberta por uma moeda de dez centavos a 23 m de distância.
Provavelmente você já deve ter ouvido falar que os cientistas acreditam que o Universo está se expandindo e também que ele começou com um "Big Bang" cerca de 10 bilhões de anos atrás. Para a maioria de nós, as descrições que lemos sobre esse evento produzem imagens de uma colossal explosão em algum lugar, com estrelas e galáxias voando em todas as direções. Porém, pensamos em seguida, "Se esse Big Bang era todo o Universo, ele não pode ter ocorrido em algum lugar, pois não havia nenhum "algum lugar" no qual ele poderia ocorrer!" Nesse ponto, normalmente parece mais fácil ler um pouco de ficção científica.

De Volta ao Big Bang


O Universo está se expandindo. O que isso significa? Suas orelhas estão se afastando gradualmente uma da outra? Felizmente não, mesmo que sua cabeça faça parte do Universo. Em nossas proximidades, as forças como o campo gravitacional da Terra, ou mesmo nossa Galáxia, se sobrepõem à expansão "universal". Somente para objetos no mínimo tão isolados como as próprias galáxias a separação cada vez maior torna-se óbvia. Uma boa imagem para esse fato é imaginar o que acontece quando você enche um balão com alguns adesivos colados na superfície. Todos os adesivos se afastam cada vez mais uns dos outros e, conseqüentemente, para cada adesivo, parece que os outros estão se afastando simetricamente, os mais distantes de forma mais rápida. Os adesivos não se expandem, assim como sua cabeça.

Reverta essa expansão no tempo e você chegará a um instante no qual as distâncias entre todos os objetos era zero. Esse é o instante do Big Bang. Essas frases do dia-a-dia devem ser tratadas com cuidado neste contexto! Por exemplo, você pode dizer que, no instante do Big Bang, tudo estava em um único lugar. Entretanto, é possível (até provável) que o Universo era infinito mesmo no instante do Big Bang. Uma forma de enxergar que esse fato poderia ocorrer é lembrar da matemática do colegial, na qual infinito multiplicado por zero não é necessariamente zero (ou infinito). Se a distância entre cada ponto no universo for zero, mas existir um número infinito de pontos, o tamanho do Universo é, aproximadamente, infinito multiplicado por zero. Esse fato ilustra o motivo pelo qual é um erro pensar no Big Bang como ocorrendo "em algum lugar". Ele ocorreu em todos os lugares!

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